segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

em silêncio...
eu te espero
te imploro
venero
mas você nunca vem...

é um calar que sufoca
que anseia por um toque
trazendo qualquer lembrança...

no silêncio
eu te invoco
e fico alternando 
esperança e desespero

fico aqui
perdida em mim
me olhando no espelho...

é um silêncio dolorido
longe de qualquer resquício seu
e sozinha eu imploro
por vezes choro
travando ferrenha luta com 
meu coração

silêncio
que evoca um vazio
por algo que tristemente partiu
mas que ainda vive em mim

um silêncio opressor
que resvala 
meu intenso amor
e
se esquece de me consolar

...silêncio...
muito mais que ausência de som
é vazio que consome
é madrugada insone
é tristeza
sem explicação...

e tanta coisa mais que não consigo falar
em silêncio
vejo tão claro
quão efêmero
é o medo de amar

qual prisioneiro
que já liberto
se recusa a da cela sair
em silêncio
é que eu te digo
...ainda não consigo partir...

Um comentário:

Camila Ramos disse...

Nossa... sei e sinto as palavras dessa postagem. Muito profundo. Gostei.