domingo, 24 de junho de 2012


...não queiras me reter...
eu me desfiz feito grão de areia
e um rio de lágrimas
me banhou...

...foi por amor...!

mas esta partida
já se desenhava
tal qual o dia
que anuncia uma nova alvorada
ainda que a tempestade não
permita que sol
o clareie

não acuses meu coração de traidor
pois ouço em tua voz
um tom de descrença
um pedaço do  “nós”
em suspense

nããão!

não digas que foi de repente
o caminho foi tão dolorido...
como pôde não ouvir meus gemidos
e
minha alma se destroçando...

...que pretensão há
em segurar um grão
que se desfez...???

é insensatez!!!

como chorar por
um dia de primavera chuvoso...

ou pela flor
que desistiu de cair
ignorando que já
se fazia outono...

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