sexta-feira, 29 de julho de 2016


... e com teu meigo olhar...
– meio embaçado pelas lentes de vidro –
reaprendi o significado de “entregar”
de simplesmente sentir – sem nada mais a dizer...

e... tão de repente é você
quem norteia meus pensamentos

nem percebi o instante
em que tua voz tomou forma de alegria

...foi assim...

era um fim de tarde – que num segundo virou madrugada
e em meio aos curiosos olhares e
tímidas risadas
nasceram sonhos... e espontâneas confidências

 logo...
percebi que em tua essência
há muito de mim...

te asseguro
não te fazer mal algum
– ao menos não propositadamente –

mas,
 se acaso
por descuido ou desalinho
nossos caminhos deixarem
de se entrelaçar

eu te prometo tentar
com toda delicadeza
que ora habita em mim
reescrever a estrada
e
redefinir meu coração

apenas,

dê-me a mão
e ajuda-me a relembrar...

que
no teu abraço
  aprendi que não há espaço
para as dores que
que me foram companheiras habituais

conheci afeição que não machuca
não delata
e ainda que intenso

traz paz!

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